terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Diálogo inter-religioso no Pontificado de Bento XVI


Durante os quase oito anos de Pontificado, Bento XVI promoveu o diálogo com os representantes de várias religiões
Luana Oliveira
Da Redação, com agências
O diálogo inter-religioso sempre esteve presente no pontificado de Bento XVI, tendo em vista que, durante todos esses anos à frente da Igreja Católica, o Papa buscou, como ele mesmo salienta, “o autêntico ‘espírito de Assis’, o qual se opõe a qualquer forma de violência e abuso da religião como pretexto para a violência”.
No seu discurso, em 21 de outubro de 2007, durante sua visita a Nápoles, sul da Itália, Bento XVI esclareceu o sentido do famoso encontro com os líderes religiosos mundiais, querido, em 1986, pelo seu predecessor: “No respeito às diferenças das várias religiões, todos somos chamados a trabalhar pela paz e por um compromisso real para promover a reconciliação entre os povos”.
“Num tempo difícil de crises e conflitos, intensificados pelo fenômeno cada vez mais extenso da globalização, as religiões são chamadas a realizar a sua especial vocação de serviço à paz e à convivência”, enfatiza Bento XVI em sua mensagem enviada ao Encontro Internacional de Oração pela Paz promovido pela Comunidade Santo Egídio em 2010.
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Durante o seu pontificado, Bento XVI encontrou-se com líderes de várias religiões de todo o mundo:
Sua Beatitude Chrysostomos II, arcebispo ortodoxo de Nova Justiniana e de todo o Chipre, encontrou-se com o Papa Bento XVI, em março de 2011, em audiência privada. A conversa centrou-se, especialmente, sobre a situação dos cristãos no Oriente Médio e sobre o tema da liberdade religiosa na Ilha de Chipre.
Em janeiro de 2012, o Pontífice encontrou-se com uma delegação ecumênica da Igreja Luterana da Finlândia, liderada pelo Reverendo Seppo Hakkinen, bispo da diocese luterana de Mikkeli, e mostrou-se alegre com as relações fraternas entre os cristãos finlandeses.
No mesmo ano, em maio, num encontro histórico, Bento XVI recebeu judeus da América Latina: “Ao considerar os progressos adquiridos nos últimos 50 anos de relações judaico-católicas em todo o mundo, não podemos deixar de agradecer ao Todo-Poderoso por esse sinal evidente de Sua bondade e providência”, disse o Papa.
Por ocasião dos 25 anos do encontro inter-religioso de oração Hieizan pela paz no mundo, o Papa Bento XVI enviou uma mensagem ao monge supremo da denominação budista Tendai, Venerável Kojun Handa.
24ª viagem internacional de Bento XVI, em setembro de 2012, foi considerada por muitos como ato de coragem. O Pontífice foi ao Líbano como “peregrino da paz” e destacou: “A convivência feliz de todos os libaneses deve demonstrar a todo o Oriente Médio e ao resto do mundo que, dentro duma nação, pode haver colaboração entre as diversas Igrejas – todas elas membros da única Igreja Católica – num espírito de comunhão fraterna com os outros cristãos e, ao mesmo tempo, a convivência e o diálogo respeitoso entre os cristãos e os seus irmãos de outras religiões”.
“A visita de Bento XVI ao Líbano demonstrou ao mundo que o povo libanês, cristão e muçulmano está unido, enquanto que os partidos políticos e as facções se dividem e criam conflito,” afirmouMuhammad Sammak , assessor político do grão-Muftí do Líbano e secretário-geral do Comitê Libanês para o diálogo islamo-cristão.
Dentro do dicastério, na sede do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, durante a plenária, refletiu-se sobre “a importância do ecumenismo na nova evangelização”. O presidente deste Pontifício Conselho, Cardeal Kurt Koch, destacou a necessidade de aprofundar esse tema sob uma dimensão ecumênica.
Falando sobre a estreita relação entre nova evangelização e ecumenismo, encontrada na Oração Sacerdotal de Jesus, quando Ele ora ao Pai pela unidade de todos aqueles que creem, o Cardeal Koch adverte “que a credibilidade da mensagem do Evangelho depende da unidade dos cristãos. A divisão na Igreja é um dos maiores obstáculos à evangelização. O grande desafio para nós cristãos, hoje, é encontrarmos maneiras de dar testemunho comum da fé no Evangelho.”
Em novembro de 2012, ao receber os bispos franceses em vista ad limina , o Santo Padre destacou que “um dos graves problemas que afeta homens e mulheres dos tempos atuais é a ignorância religiosa, incluindo os católicos”.
No início do ano seguinte, 17 de janeiro de 2013, o Papa recebeu novamente a visita de uma delegação ecumênica da Igreja Luterana da Finlândia por ocasião da festividade de Santo Henrique. “Para avançar no caminho da comunhão ecumênica – destacou o Pontífice – precisamos estar, cada vez mais, unidos em oração, mais comprometidos com a busca da santidade e mais empenhados nos âmbitos da pesquisa teológica e cooperação a serviço de uma sociedade justa e fraterna.”
Bento XVI também recebeu, no dia 4 de fevereiro,  a visita do novo Patriarca de Babilônia dos Caldeus, a sua beatitude Louis Raphaël I Sako. Tratou-se de um encontro repleto de fraternidade e esperança. Nesta oportunidade, o Papa pediu a Deus que abençoasse o novo patriarca “para que, como o Bom Pastor, pudesse enxugar as muitas lágrimas do povo iraquiano e consolar, encorajar, sempre pacificar irmãos e filhos e acompanhá-los no testemunho”.

Fonte;http://papa.cancaonova.com

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