sexta-feira, 8 de março de 2013

Quarta Estação: Jesus encontra Maria sua Mãe.


Quarta Estação: Jesus encontra Maria sua Mãe.

sexta-feira, março 8th, 2013
Meus queridos irmãos, quantas vezes em situações tão difíceis em nossas vidas queremos um encontro como esse! Jesus e Maria se comunicaram através do olhar e do coração e mesmo sem a solução da situação do sofrimento dos dois, aquele encontro foi um grande consolo para Jesus e também para Maria. Quantas vezes a Virgem Maria e o próprio Jesus estão perto de nós, mas não os percebemos por causa da dor. Acolha agora o consolo dos Corações de Jesus e Maria para sua vida.
Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos.
Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo!
Do evangelho segundo São Lucas 2, 34-35. 51
Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: “Ele foi estabelecido para a queda e o ressurgir de muitos em Israel, e para ser sinal de contradição; e uma espada Te há de traspassar a alma. Assim se deverão revelar os intentos de muitos corações” (…) Sua mãe guardava no coração todas estas recordações.
MEDITAÇÃO:
Na Via-Sacra de Jesus, aparece também Maria, sua Mãe. Durante a sua vida pública, teve de ficar de lado para dar lugar ao nascimento da nova família de Jesus, a família dos seus discípulos. Teve também de ouvir estas palavras: «Quem é a minha Mãe e quem são os meus irmãos? (…) Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe» (Mt 12, 48.50). Pode-se agora constatar que Ela é a Mãe de Jesus não só no corpo, mas também no coração. Ainda antes de tê-lo concebido no corpo, pela sua obediência concebera-O no coração. Fora-Lhe dito: «Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho (…) Será grande (…) O Senhor Deus dar-Lhe-á o trono de seu pai David» (Lc 1, 31-32). Mas algum tempo depois ouvira da boca do velho Simeão uma palavra diferente: «Uma espada Te há de trespassar a alma» (Lc 2, 35). Deste modo ter-Se-á lembrado de certas palavras pronunciadas pelos profetas, tais como: «Foi maltratado e resignou-se, não abriu a boca, como cordeiro levado ao matadouro» (Is 53, 7). Agora tudo isto se torna realidade. No coração, tinha sempre conservado as palavras que o anjo Lhe dissera quando tudo começou: «Não tenhas receio, Maria» (Lc 1, 30). Os discípulos fugiram; Ela não foge. Ela está ali, com a coragem de mãe, com a fidelidade de mãe, com a bondade de mãe, e com a sua fé, que resiste na escuridão: «Feliz daquela que acreditou» (Lc 1, 45). «Mas, quando o Filho do Homem voltar, encontrará fé sobre a terra?» (Lc 18, 8). Sim, agora Ele sabe-o: encontrará fé. E esta é, naquela hora, a sua grande consolação.
ORAÇÃO:
Santa Maria, Mãe do Senhor, permanecestes fiel quando os discípulos fugiram. Tal como acreditastes quando o anjo Vos anunciou o que era incrível – que haverias de ser Mãe do Altíssimo – assim também acreditastes na hora da sua maior humilhação. E foi assim que, na hora da cruz, na hora da noite mais escura do mundo, Vos tornastes Mãe dos crentes, Mãe da Igreja. Nós Vos pedimos: ensinai-nos a acreditar e ajudai-nos para que a fé se torne coragem de servir e gesto de um amor que socorre e sabe partilhar o sofrimento. Clique em comentários e deixe sua reflexão e seus pedidos de orações.
PAI NOSSO / AVE MARIA / GLÓRIA AO PAI…
PODCAST: Maria A Mulher sábia!
Fontewww.vatican.va/news
MEDITAÇÕES E ORAÇÕES DO CARDEAL 
JOSEPH RATZINGER
Conte com as minhas orações.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.

Vida Cristã: Como o cristão deve dar esmola?

segunda-feira, março 4th, 2013
Quando ouvimos esta palavra ESMOLA vem logo a nossa cabeça algumas moedas ou um trocadinho que tiramos do bolso para dar a um pedinte na porta de casa, no farol de transito ou nas calçadas de nossa cidade. Quase sempre é algo que nos sobra ou um restinho do que a gente tem, mas esmola, CARIDADE é muito mais do que isso. É dar mais de si do que daquilo que se tem. Precisamos sim assistir aos nossos irmãos nas suas necessidades, a fome não espera, mas esmola é muito mais que assistencialismo é dar vida, dignidade, tirar o irmão da situação que ele se encontra. Dar algo material é muito mais fácil e cômodo do que dar de si, do seu tempo, das suas capacidades, daquilo que você sabe fazer, e principalmente do amor humano carregado do amor Divino.
Se a Oração celebra o relacionamento do Homem com Deus e daí todos os frutos dela fazem o homem abrir não somente as mãos, mas os braços e o coração. O Jejum abre e une os homens entre si. A cruz simboliza muito bem o que é a nossa fé, dimensão horizontal e vertical. A esmola celebra o relacionamento do homem com o seu próximo, na virtude Teologal da Caridade. Este assunto é polemico para quem não entende que esmola não é somente dinheiro, é doar-se concretamente ao próximo.
O que significa a esmola? Dar esmola significa dar de graça, dar sem interesse de receber de volta, dar sem egoísmo, sem pedir recompensa, em atitude de compaixão. Nisto ele imita o próprio Deus no mistério da criação e a Jesus Cristo, no mistério da Redenção. Jesus fala sobre esta verdadeira caridade na parábola do Bom Samaritano (cf. Lucas 10,25-37quem é o teu próximo?
O homem recebeu tudo do seu criador. Tudo quanto tem, possui-o porquê recebeu. Ora, se Deus dá de graça e se o homem é criado à imagem e semelhança de Deus, se Cristo se doou totalmente, dando sua vida, também ele será capaz de dar de graça. Ao descobrir que dentro de si existe a sublime capacidade de dar de graça, a exemplo de Deus e de Cristo, brota nele o desejo de celebrá-la.
Quando, pois, na Quaresma a Igreja convoca a todos os fiéis a darem esmola, ela comemora aquele que por excelência exerceu a esmola: Jesus Cristo. Convida o homem à atitude de abertura ao próximo, convida-o a servir ao próximo com generosidade e desprendimento. Ora, neste momento a esmola começa a significar toda esta atitude de doação gratuita. Não só de bens materiais, mas o tempo, o interesse, as qualidades, o serviço, o acolhimento, a aceitação. E todo este mistério de abertura e gratuidade em favor do próximo na imitação de Deus e de Cristo possui então uma linguagem ritual. Tem valor de símbolo. Pela celebração da esmola a Igreja comemora a generosidade de Cristo que deu sua vida pelos seus e torna presente Cristo, dando-se a seus irmãos em cada irmão, formando o seu corpo. Assim, quando a Igreja convida os fieis a exercerem a esmola durante a Quaresma, sabe muito bem que não é pela esmola em si que ela vai resolver os problemas sociais e realizar a promoção humana, mas sabe também que é pelo que a esmola significa que ela vai realizar uma verdadeira promoção humana.
Portanto, não é a quantia que importa, mas o que gesto ou o rito da esmola significa. Exercitando a atitude da esmola durante a Quaresma, a Igreja quer levar os cristãos a viverem a atitude da esmola durante todo o ano, durante toda a vida. Descobrimos, então, que no exercício da esmola está contida a atitude de conversão, em relação ao próximo.
Padre Paulo RicardoComo o cristão deve dar esmola?
O que diz o Catecismo da Igreja Católica:
No Batismo, Deus infunde na alma, sem nenhum mérito nosso, as virtudes, que são disposições habituais e firmes para fazer o bem. As virtudes infusas são teologais e morais. As teologais têm como objeto a Deus; as morais têm como objeto os bons atos humanos. As teologais são três: fé, esperança e caridade.
Com relação à Virtude Teologal da caridade, ou seja, do amor, deve-se ter em conta que o amor a Deus e o amor ao próximo são uma mesma e única coisa, de modo que um depende do outro; por isto, tanto mais poderemos amar ao próximo quanto mais amemos a Deus; e, por sua vez, tanto mais amaremos a Deus quanto mais de verdade amemos ao próximo.
§1822 A CARIDADE é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus.
§1823 Jesus fez da caridade o novo mandamento. Amando os seus “até o fim” (Jo 13,1), manifesta o amor do Pai que Ele recebe. Amando-se uns aos outros, os discípulos imitam o amor de Jesus que eles também recebem. Por isso diz Jesus:“Assim como o Pai me amou, também eu vos amei. Permanecei em meu amor” (Jo 15,9). E ainda: “Este é o meu preceito: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12).
§1824 Fruto do Espírito e da plenitude da lei, a caridade guarda os mandamentos de Deus e de seu Cristo: “Permanecei em meu amor. Se observais os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (Jo 15,9-10).
§1825 Cristo morreu por nosso amor quando éramos ainda “inimigos” (Rm 5,10). O Senhor exige que amemos como Ele, mesmo os nossos inimigos, que nos tornemos o próximo do mais afastado, que amemos como Ele as crianças e os pobres.
O apóstolo S. Paulo traçou um quadro incomparável da caridade: “A caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (l Cor 13,4-7).
§1826 Diz ainda o apóstolo: “Se não tivesse a caridade, nada seria…”. E tudo o que é privilégio, serviço e mesmo virtude… “Se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria”. A caridade superior a todas as virtudes. E a primeira das virtudes teologais “Permanecem fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade” (1 Cor 13,13).
§1827 O exercício de todas as virtudes é animado e inspirado pela Caridade, que é o“vinculo da perfeição” (Cl 3,14); é a forma das virtudes, articulando-as e ordenando-as entre si; é fonte e termo de toda prática cristã. A caridade assegura purifica nossa capacidade humana de amar, elevando-a a feição sobrenatural do amor divino.
§1829 A caridade tem como frutos a alegria, a paz e a misericórdia, exige a beneficência e a correção fraterna; é benevolência; suscita a reciprocidade; é desinteressada e liberal; é amizade e comunhão:
A finalidade de todas as nossas obras é o amor. Este é o fim, é para alcançá-lo que corremos, é para ele que corremos; uma vez chegados, é nele que repousaremos.
§1844 Pela Caridade, amamos a Deus sobre todas as coisas e a nosso próximo como a nós mesmos por amor a Deus. Ela é o “vínculo da perfeição” (Cl 3,14) e a forma de todas as virtudes.
A vida fraterna na família, no trabalho e na comunidade paroquial é o ambiente ideal para vivermos de maneira concreta a Caridade. Portanto, dar tudo e de melhor a Deus e aos irmãos e não as migalhas e muito menos aquilo que nos sobra.  Qual tem sido a qualidade de sua vida fraterna e de seus gestos concretos com seus irmãos? Escreva nos comentários e partilhe deixando também seus pedidos de orações.
Oração: Senhor daí-nos experimentar primeiro o Teu amor por nós e depois amaremos profundamente a Ti e a nossos irmãos, “pois sem Ti nada podemos fazer”. Eu quero e sei que este caminho é o caminho da perfeição, por isso, derrama sobre nós o Teu Espírito Santo, é Ele quem nos revela o Amor do Pai e do Filho, a clareza dos nossos pecados e a graça da conversão para poder amar de verdade a Deus e aos nossos irmãos.
Conte com as minhas orações.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador do Pré-discípulado.
Fonte de pesquisa: Livro Celebrar a vida CristãFrei Alberto Beckhauser, OFM. Editora Vozes, 1991 * § Catecismo da Igreja Católica
Ouça na integra o Pdcast:

Espiritualidade: Jesus é o Cirineu, que nos ajuda a carregar a Cruz

sexta-feira, março 1st, 2013
Neste encontro, no máximo do seu sofrimento humano e moral Jesus encontra o auxilio de um desconhecido. Parece que Ele não teria mais força para carregar a Cruz até o Calvário, Jesus que carrega a cruz para salvar a humanidade por um homem é ajudado. Quantas vezes em nossa vida parece que não vamos aquentar, a cruz é pesada demais. É nesta hora que o próprio Jesus se torna o nosso Cirineu e toma sobre si as nossas dores. Coloca em nosso caminho alguém especial que nos ajuda a carregar a cruz. Jesus diz para você hoje: “Eu sou o teu cirineu, não estás sozinho. Também coloco ao teu lado amigos, familiares que te ajudem a carregar a tua cruz: Aguenta firme meu filho!”. Acampamento da Semana Santa é o mais profundo e o mais bonito que eu já vivi na Canção Nova.
Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos. 
Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.
Do evangelho segundo São Mateus 27, 32; 16 24.
Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e requisitaram-no, para levar a cruz de Jesus. Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser seguir-Me, renegue-se a si mesmo, pegue na sua cruz e siga-Me”.
MEDITAÇÃO
Simão de Cirene regressa do trabalho, vai a caminho de casa quando se cruza com aquele triste cortejo de condenados – para ele talvez fosse um espetáculo habitual. Os soldados valem-se do seu direito de coação e colocam a cruz às costas dele, robusto homem do campo. Que aborrecimento não deverá ter sentido ao ver-se inesperadamente envolvido no destino daqueles condenados! Faz o que deve fazer, mas certamente com grande relutância. E, todavia o evangelista Marcos nomeia, juntamente com ele, também os seus filhos, que evidentemente eram conhecidos como cristãos como membros daquela comunidade (Mc 15, 21). Do encontro involuntário, brotou a fé. Acompanhando Jesus e compartilhando o peso da cruz, o Cireneu compreendeu que era uma graça poder caminhar juntamente com este Crucificado e assisti-Lo. O mistério de Jesus que sofre calado tocou-lhe o coração. Jesus, cujo amor divino era o único que podia, e pode redimir a humanidade inteira, quer que compartilhemos a sua cruz para completar o que ainda falta aos seus sofrimentos (Col 1, 24). Sempre que, bondosamente, vamos ao encontro de alguém que sofre alguém que é perseguido e inerme, partilhando o seu sofrimento ajudamos a levar a própria cruz de Jesus. E assim obtemos salvação, e nós mesmos podemos contribuir para a salvação do mundo.
ORAÇÃOSenhor abristes a Simão de Cirene os olhos e o coração, dando-lhe, na partilha da cruz, a graça da fé. Ajudai-nos a assistir o nosso próximo que sofre, ainda que este chamamento resultasse em contradição com os nossos projetos e as nossas simpatias. Concedei-nos reconhecer que é uma graça poder partilhar a cruz dos outros e experimentar que dessa forma estamos a caminhar convosco. Fazei-nos reconhecer com alegria que é precisamente pela partilha do vosso sofrimento e dos sofrimentos deste mundo que nos tornamos ministros da salvação, podendo assim ajudar a construir o vosso corpo, a Igreja.
PAI NOSSO / AVE MARIA / GLÓRIA AO PAI…
Fonte: www.vatican.va/news
MEDITAÇÕES E ORAÇÕES DO CARDEAL JOSEPH RATZINGER
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Conte com as minhas orações.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.

O Exercício quaresmal do Jejum nos faz crescer na Esperança!

segunda-feira, fevereiro 25th, 2013
Neste caminho quaresmal rumo a Páscoa não é a toa que a Santa Mãe Igreja nos propõe os exercícios quaresmais de conversão Oração, Jejum e Esmola, pois ao vivermos estes três exercícios crescemos nas virtudes teologais da fé, esperança e caridade. Essa é a trilha básica para o caminho de santidade de todo o cristão, não somente por quarenta dias, mas para toda a sua vida.
Se a oração atinge o relacionamento do homem com Deus, o jejum o celebra no seu relacionamento com os bens criados na virtude da esperança. Em quem e no que eu verdadeiramente ponho a minha esperança? Vale pouco o exercício corporal, ao passo que a piedade é proveitosa para tudo, pois contém a promessa da vida presente e futura. Essa palavra é fiel e digna de toda aceitação. De fato, se nós trabalhamos e lutamos, é porque depositamos a nossa esperança no Deus vivo, salvador de todos os homens, principalmente dos que têm fé” (cf. I Tm 4, 8-10).
No seu relacionamento com a natureza criada, o homem é chamado a ser livre, a ser senhor da criação. Acontece porem, que muitas vezes se escraviza a ela. Por isso, a Igreja convida o homem a realizar um gesto de liberdade e de respeito em relação aos bens criados, através do rito do jejum.
O rito do jejum não vale pelo que é, mas pelo que significa. Na ação de comer e de beber é que o homem mais se apropria das coisas. Ele mesmo consome a comida; ele a faz tornar-se parte de si mesmo. Não só dela se apodera, mas muitas vezes, apoderando-se dela, a ela se escraviza. Por isso, o alimento e a bebida tornam-se símbolo de tudo quanto envolve o homem.
Jejuar é abastecer-se de um pouco de comida ou bebida. É estabelecer o correto relacionamento do homem com a natureza criada. A atitude de liberdade e de respeito diante do alimento torna-se símbolo de sua liberdade e respeito para com tudo quanto o envolve e o pode escravizar: bens materiais, qualidades, opiniões, idéias, pessoas apegos e assim por diante.
Temos mais. Jejuar significa fazer espaço em si. Fazer espaço para Deus, fazer espaço para o próximo, fazer espaço para os valores que permanecem. Jejuando, a Igreja evoca o Cristo jejuando quarenta dias no deserto, o Cristo em sua atitude de liberdade e de domínio sobre a natureza e sobre o mal. Evocando-o, torna-o presente hoje.
A Igreja constitui o prolongamento do Cristo livre, do Cristo rei da criação. A Igreja exercita e celebra a atitude de liberdade e respeito diante da natureza durante a Quaresma, para que os cristãos vivam sempre esta atitude de harmonia com a natureza, usando dos bens para o seu crescimento em Deus. Temos, portanto, um exercício de conversão, pois “a esperança não decepciona. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (cf. Rm 5,5).
Veja o Vídeo Esperança, alimento de Deus que nos fortalece!
O que é a Virtude da Esperança? Segundo o Catecismo da Igreja Católica
§1813 As virtudes teologais fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão, Informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus na alma dos fiéis para torná-los capazes de proceder como filhos seus e assim merecerem a vida eterna. São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano. São três as virtudes teologais: fé, esperança e caridade.
§1817A esperança é a virtude Teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo. “Continuemos a afirmar nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa” (Hb 10,23). “Este Espírito que ele ricamente derramou sobre nós, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que fôssemos justificados por sua graça e nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna” (cf. Tt 3,6-7).
§1818 A virtude da esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens; purifica-as, para ordená-las ao Reino dos Céus; protege contra o desânimo; dá alento em todo esmorecimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O impulso da esperança preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade.
“Espera, ó minha alma, espera. Ignoras o dia e à hora. Vigia cuidadosamente, tudo passa com rapidez, ainda que tua impaciência torne duvidoso o que é certo, e longo um tempo bem curto. Considera que, quanto mais pelejares, mais provarás o amor que tens a teu Deus e mais te alegrarás um dia com teu Bem-Amado numa felicidade e num êxtase que não poderão jamais terminar” (Santa Teresa de Jesus, Excl., 15,3).
§2090 Quando Deus se revela e chama o homem, este não pode responder plenamente ao amor divino por suas próprias forças. Deve esperar que Deus lhe dê a capacidade de corresponder a este amor e de agir de acordo com os mandamentos da caridade. A esperança é o aguardar confiante da bênção divina e da visão beatifica de Deus; é também o temor de ofender o amor de Deus e de provocar o castigo.
Exerçamos na esperança em Deus o domínio dos nossos desequilíbrios no comer e no beber, diante dos bens matérias e da natureza e também diante de nossos irmãos. Quando não conseguimos controlar a boca, não conseguimos controlar também o nosso corpo e ficamos escravos daquilo que dá prazer à carne, a comida, a bebida e muitas vezes desembocam no desequilíbrio da sexualidade e afetividade. Peçamos ao Espírito Santo o Dom do Domínio de si, da Temperança, da Fortaleza para que vencendo a nós mesmos consigamos vencer o pecado.
Daí-nos Senhor a graça de compreender a profundidade e viver o jejum, de renunciar aquilo que temos direito de comer ou de fazer por um bem muito maior. Daí-nos a graça da temperança de ter o controle dos nossos sentidos nas mãos para poder entregar ao Senhor. Que possamos viver o jejum como uma verdadeira batalha espiritual, para que recebamos os frutos e sejamos sempre gratos a Vossa Misericórdia e atentos as necessidades dos nossos irmãos.
Clique em comentários e partilhe como você vive o exercício espiritual do jejum?
Conte com as minhas orações.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discípulado.
*Fonte de pesquisa: Livro Celebrar a vida Cristã, Frei Alberto Beckhauser, OFM. Editora Vozes, 1991
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Jesus ensina-nos a vencer as tentações!

sexta-feira, fevereiro 22nd, 2013
A Tradição nos conta que a Quaresma era o período durante o qual, através da penitência e da provação, os catecúmenos se preparavam para receber o batismo na noite de Páscoa ou àqueles que tinham cometidos pecados graves e públicos se preparavam para retornar ao seio da sua comunidade cristã, chamavam-se de “penitentes”. Acampamento Livrai-nos do Mal de 01 a 03 de Março em Cachoeira Paulista – SP.
A Liturgia sempre coloca Jesus no Evangelho do Primeiro Domingo da Quaresma vencendo as tentações do Demônio (cf. Mc 1, 12-15; mais detalhista é o Evangelho de Mt 4, 1-11). O Nosso Senhor e Mestre não só vence, mas nos dá as dicas para vencer também o nosso inimigo e as tentações pequenas e grandes que enfrentamos todos os dias. O objetivo desta reflexão de hoje será avaliar a nossa defesa e aumentar as nossas resistências frente às tentações e celebrar a vitória com o Senhor Jesus. JESUS NOS ENSINA A VENCER AS TENTAÇÕES!
O Senhor derrotou o inimigo através da Docilidade ao Espírito Santo, pois “no deserto, ele era guiado pelo Espírito”, da Palavra“A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem”; da Oração: “Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus”; doJejum: Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome”e pela Adoração:“Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás”. Exercendo Sua autoridade que vinha de uma vida coerente e santa. Isso fica bem claro na leitura deste Evangelho.
De maneira semelhante como o antigo povo de Israel partiu durante quarenta anos pelo deserto para ingressar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, prepara-se durante quarenta dias para celebrar a Páscoa do Senhor. Embora seja um tempo penitencial, não é um tempo triste e depressivo. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar com maior plenitude e gozo do mistério pascal do Senhor.
Jesus Cristo dando inicio a caminhada do Novo povo de Deus se dirige ao deserto como lugar de encontro com Deus, lugar de recolhimento, onde Ele se revela, onde se escuta Sua Palavra. E diferente do antigo povo da Aliança que sucumbe a tentação, se revolta, tem saudade das cebolas do Egito, onde eles tinham o que comer, mas eram escravos. Jesus vence a tentação, vence o demônio pela oração, pelo jejum através da Palavra e da Obediência ao Pai.
Na Quaresma, em busca do tesouro da Fé intensificamos o caminho da própria conversão. Este caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, nos afastar de todo aquilo que nos separa do Plano de Deus, e, por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal. Abster-se não somente de carne, mas do pecado.
No pórtico da Quaresma recém-começada, encontramos Jesus tentado pelo diabo. A Bíblia tem vários nomes para este personagem, mas em todos subjaz a mesma incumbência da sua missão: o que separa o que arranca; diabo, dia-bolus: o que divide. O demônio – no meio do mundo que o ignora e o torna frívolo – está mais presente que nunca: nos medos, nos dramas, nas mentiras e nos vazios do homem pós-moderno, aparentemente descontraído, brincalhão e divertido.
Com Jesus, como com todos, o diabo procurará fazer uma única tentação, ainda que com diversos matizes: romper a comunhão com Deus Pai. Para este fim, todos os meios serão aptos, desde citar a própria Bíblia até fantasiar-se de anjo da luz. As três tentações de Jesus são um exemplo muito atual: da tua fome, converte as pedras em pão; das tuas aspirações, torna-te dono de tudo; da tua condição de filho de Deus, coloca a tua proteção à prova. Em outras palavras: o dia-bolus buscará conduzir Jesus por um caminho no qual Deus ou é banal e supérfluo, ou é inútil e nocivo.
Prescindir de Deus porque eu reduzo minhas necessidades a um pão que eu mesmo posso fabricar, como se fosse minha própria mágica (1ª tentação). Prescindir de Deus modificando seu plano sobre mim, incluindo aspirações de domínio que não têm a ver com a missão que Ele me confiou (2ª tentação). Prescindir de Deus banalizando sua providência, fazendo dela um capricho ou uma diversão (3ª tentação).
Isso se torna atual se formos traduzindo, com nomes e cores, quais são as tentações reais (!) que separam – cada um e todos juntos – de Deus e, portanto, dos outros também. A tentação do deus-ter (em todas as suas manifestações de preocupação pelo dinheiro, pela acumulação, pelas “devoções” a loterias e jogos, pelo consumismo). A tentação do deus-poder (com todo o leque de pretensões de ascensão, que confundem o serviço aos demais com o servir-se dos demais, para os próprios interesses e controles). A tentação do deus-prazer (com tantas, tão infelizes e, sobretudo tão desumanizadoras formas de praticar o hedonismo, tentando censurar inutilmente nossa limitação e finitude).
Quem duvida de que existem mil diabos, que nos encantam e seduzem a partir da chantagem das suas condições e, apresentando tudo como fácil e atrativo, nos separam de Deus, dos demais e de nós mesmos?
Jesus venceu o diabo. A Quaresma é um tempo para voltarmos ao Senhor, unindo novamente tudo que o tentador separou. “Jejuando quarenta dias no deserto, Jesus consagrou a abstinência quaresmal. Desarmando as ciladas do antigo inimigo, ensinou-nos a vencer o fermento da maldade. Celebrando agora o mistério pascal, nós nos preparamos para a Páscoa definitiva”. (Prefácio do 1° Domingo da Quaresma).
Exércicio Espiritual: Reze a Via Sacra
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Oremos: Ó Deus, que nos alimentastes com este pão que nutre a fé, incentiva a esperança e fortalece a caridade, dai-nos desejar o Cristo, pão vivo e verdadeiro, e viver de toda Palavra que sai de vossa boca para vencer ao pecado, a nós mesmos e ao diabo. Por Cristo, nosso Senhor. Amém
Minha benção fraterna.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador do Pré-discípulado.
http://www.faceboock.com/padreluizinho
Escute na íntegra o PODCAST:

O Exercício Quaresmal da Oração faz crescer a Fé

segunda-feira, fevereiro 18th, 2013
Dando continuidade ao nosso retiro espiritual na Quaresma, tempo privilegiado de conversão e combate espiritual. Falávamos dos Exercícios Quaresmais de Conversão, buscando o Tesouro da Fé.  Dando inicio aos três exercícios que na Quarta-feira de cinzas a liturgia nos apresentou, a Oração, o Jejum e a Esmola. Hoje vamos falar do exercício espiritual da Oração, que é a respiração, o fôlego neste caminho em busca do tesouro da fé.
“Da mão do anjo, subia até Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos” (Ap 8,4).
“Porque amar a Deus significa observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, porque todo aquele que nasceu de Deus venceu o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. De fato, quem pode vencer o mundo, senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus? Este é aquele que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Ele não veio apenas pela água, mas pela água e pelo sangue.) E é o Espírito quem dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade” (cf. I João 5, 3-6).
A Oração é a expressão máxima de nossa fé, não posso pensar na oração como algo que partisse somente de mim, mas quando o homem se põe em oração a iniciativa é de Deus que atingiu com a sua graça o coração do homem que responde à Sua graça. Oração não é somente o meu dialogo com Deus, mas também uma resposta à iniciativa do amor de Deus, da Sua graça que já me conquistou. Toda a nossa vida deveria ser uma oração, ou seja, uma comunicação com o divino em nós. A oração constitui uma abertura para Deus, para o próximo e para o mundo; um sim de acolhimento, de louvor, de conformidade. Ao pensar no homem integral, não podemos imaginá-lo sem a dimensão espiritual e a porta para espiritualidade é uma oração verdadeira onde os meus pés estão no chão, mas o meu coração está no alto, no meu criador e Senhor: “O Senhor esteja convosco, Ele esta no meio de nós. Corações ao alto, o nosso coração esta em Deus!” (cf. Introdução as orações Eucarísticas, Missal Romano)
Na virtude Teologal da fé, nós dizemos um sim ao Pai na obediência. Procuramos situar-nos sempre de novo dentro de nossa vocação e da nossa missão. O homem se pergunta pela sua vocação, o homem responde à sua vocação, o homem realiza em profundidade sua vocação de comunhão íntima de vida com Deus. É na oração que o homem melhor cultiva seu relacionamento de Filho com Deus, que se revela como Pai.
Durante a Quaresma a Igreja convoca os fiéis a se exercitarem intensamente na oração, a fim de que toda a sua vida se transforme em oração. Ela evoca o Cristo em oração diante do Pai no deserto e nas montanhas, onde ele passava noites em colóquio. Evocando o Cristo orante, a Igreja torna-se o prolongamento da presença do Cristo orante entre os homens. Nos Evangelhos, principalmente em Lucas, Jesus é o grande orante, o modelo do fiel. Jesus resistiu à tentação de tentar Deus: sinal de sua imensa confiança no Pai. Ele professa a fé no único Deus como regra de sua vida. Ele alimenta-se com a palavra que sai da boca do Altíssimo. Nossa quaresma deve ser um estar com Jesus no deserto, para, como ele, dar a Deus o lugar central de nossa vida. Como ele, com ele e por ele, pois é dando a Jesus o lugar central, que o damos a Deus também. Neste sentido, a quaresma é realmente “ser sepultado com Cristo”, para, na noite pascal, com ele ressuscitar. E essa dinâmica acontece numa vida de oração ligada por Jesus ao Pai e ao Espírito Santo na vida e na Liturgia. l
E desta forma a Igreja vive em atitude de penitencia, pois a oração constitui a expressão máxima da conversão e da vida em Deus.
Se os fieis souberem viver a autentica comunhão com Deus na oração durante a Quaresma, conseguirão viver durante o ano todo em atitude de oração, transformando também as outras dimensões da vida, como o relacionamento com o próximo e com o mundo, em oração de atitude ou verdadeira devoção. A oração nos lança para Deus e para os irmãos!
Na vida de oração crescemos na virtude da fé e no relacionamento com Deus. Portanto quanto mais eu rezar e rezar melhor, crescerei em sabedoria e santidade também na fé e no conhecimento verdadeiro de Deus. O exercício da oração desde dialogo com Deus aumenta e expressa em mim o Dom da fé. Esse dom gratuito de Deus que também é uma virtude porque é um exercício.
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O que é Virtude?A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem, procura-o e escolhe-o na prática. “Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, tudo o que há de louvável, honroso, virtuoso ou de qualquer modo mereça louvor” (Fl 4,8) (cf. Catecismo da Igreja Católica n° 1803).
Quantas classes de virtudes existem?Existem duas classes de virtudes: as Virtudes Teologais e as Virtudes humanas ou morais“As virtudes humanas são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições habituais da inteligência e da vontade que regulam nossos atos, ordenando nossas paixões e guiando-nos segundo a razão e a fé. Propiciam, assim, facilidade, domínio e alegria para levar uma vida moralmente boa. Pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem. As virtudes morais são adquiridas humanamente. São os frutos e os germes de atos moralmente bons; dispõem todas as forças do ser humano para entrar em comunhão com o amor divino” (cf. CIC n° 1804).
Quantas são as virtudes teologais?
As virtudes teologais são três: a , a Esperança e a Caridade;
Nos exercícios quaresmais de conversão, vamos aprofundar os temas da Oração, do Jejum e da Esmola e de sua ligação com as virtudes teologais, grandes tesouros no caminho da santidade. Hoje percebemos que a oração tem uma ligação íntima com a virtude da fé, a expressa e a faz crescer.
O que é a fé?A fé é a Virtude Teologal pela qual cremos em Deus, em tudo o que Ele nos revelou e que a Santa Igreja nos ensina como objeto de fé. “A fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se vêem. Foi por causa da fé que os antigos foram aprovados por Deus. Pela fé, sabemos que a Palavra de Deus formou os mundos; foi assim que aquilo que vemos originou-se de coisas invisíveis” (cf. Hb 11, 1ss).
A oração quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede dele.  Então quando eu rezo estou saciando a minha sede de Deus e de eternidade, alimentando a minha alma daquilo que ela mais almeja e precisa e muitas vezes eu não sei ler os seus anseios, ou seja, os sintomas da minha alma. Por isso, é através da oração, comunhão com Deus, que Ele alimenta a minha fome e sede dele e das coisas do céu, fazendo crescer nas virtudes da fé e também no relacionamento com as pessoas e as coisas criadas. Eu não posso dizer que amo a Deus se eu não amo o meu irmão, a oração é o dialogo com Deus mais também me lança para o meu irmão.
É um exercício de conversão a Deus e aos irmãos. Precisamos crescer na vida de oração, na intimidade com Deus para que possamos crescer como homens e mulheres de Deus, irmãos uns dos outros. A oração me lança para Deus e para os irmãos.
Senhor, eu clamo por vós, socorrei-me; quando eu grito, escutai minha voz! Minha oração suba a vós como incenso, e minhas mãos, como oferta da tarde! (Salmo 140, 1-2).
Oração: Ó Deus de bondade concedei que, formados pela observância da Quaresma e nutridos por vossa Palavra, saibamos mortificar-nos para vos servir com fervor, sempre unânimes na oração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém
“Arme-se com a arma da oração, e terá mais força no combate diário.” (Santo Padre Pio de Pietrelcina).
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Conte com as minhas orações.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discípulado.
*Fonte de pesquisa: Livro Celebrar a vida Cristã, Frei Alberto Beckhauser, OFM. Editora Vozes, 1991.
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Espiritualidade: Três passos para buscar o Tesouro da Fé

sexta-feira, fevereiro 15th, 2013
Quaresma tempo privilegiado de conversão e combate espiritual. Vamos refletir sobre os rumos de nossa espiritualidade até a Páscoa de nosso Senhor Jesus, ou seja, a Vida Nova que o Senhor tem para nós.  Os exercícios quaresmais de conversão são as primeiras indicações para buscar o tesouro da fé. A Liturgia da quarta-feira de Cinzas, que abre o Tempo da Quaresma, manda proclamar o Evangelho em que Nosso Senhor fala da esmola, da oração e do jejum, conforme Mateus 6, 1-8. 16-18. Este Evangelho apresenta, como que em síntese, o programa dos exercícios quaresmais de conversão. Aproveite e faça deste Evangelho a sua leitura espiritual de hoje.
Por que justamente oração, jejum e esmola? Oração, ainda se compreende. Mas jejum e esmola? A Igreja renovada do Vaticano II manteve esses exercícios que podem parecer antiquado e que está em desacordo com os usos e costumes de nossa época. Jejum e esmola ainda têm sentido hoje? Não seria melhor dedicar-nos à promoção social? Muitos talvez coloquem estas ou outras questões semelhantes. Os prefácios das Missas da Quaresma acentuam estes exercícios de penitencia: “Ano após ano, concedeis a vossos filhos esperar com alegria a festa da Páscoa, preparando-se pela penitencia e dedicando-se mais à oração e ao amor fraterno, para que alcancem à plenitude da filiação divina pela renovação dos sacramentos pascais, nos quais nos quais renasceram” (Pref. I). Falando do jejum, a Igreja reza: “Vós quisestes que vos rendêssemos graças por meio da abstinência que, moderando nossos excessos de pecadores, nos leve a imitar vossa bondade, proporcionando alimento aos que têm fome”(Pref. III).
Vamos tentar descobrir o sentido mais profundo da oração, do jejum e da esmola na Liturgia e de modo especial no tempo da Quaresma. Sendo a Quaresma um tempo forte de conversão, ela tem sua linguagem, seus exercícios ou ritos de conversão. É neste contexto de conversão que devemos colocar também os ritos da oração, do jejum e da esmola, pois eles atingem os principais relacionamentos do homem: o relacionamento último com Deus expresso no valor da oração, o relacionamento com o próximo e o relacionamento com a natureza criada. São três ritos de religião já presentes no culto do Antigo Testamento e herdados pela Igreja cristã dos primeiros séculos e ainda atuais para o homem de hoje.
A Quaresma precisa ser para nós um retiro em preparação para celebrarmos a Páscoa, vida nova em Jesus ressuscitado. Por isso, nos comprometemos a trilhar este caminho de espiritualidade interior e pratica. Para encontrar nos tesouros da fé o Homem Novo em Cristo Jesus. Aqui no blog vamos desenvolver textos e reflexões que nos ajudarão nesta preparação e nesta mudança de vida. Jejum na quarta feira de cinzas, durante a Quaresma e na Sexta-feira Santa para os que completaram 18 anos até 60 anos de idade. Abstinência de carne na quarta feira de cinzas e na Sexta-feira Santa, para os que completaram a partir dos 14 anos. Inclusive, grávidas e mães amamentando podem escolher o jejum e a penitência que melhor lhe convém.
Oração: Senhor, assim como o meu corpo precisa de um mínimo de exercícios físicos para estar bem, saudável, muito mais o meu interior, a minha alma, precisa de exercícios espirituais para estar em equilíbrio Contigo, comigo mesmo e com os meus irmãos e a natureza. Daí-me a graça da perseverança e da força de vontade para fazer aquilo que eu preciso e ajudar a todos com os meus gestos de conversão pessoal. Para a maior glória do Vosso Santíssimo Nome. Amém
Comente, como você vive a Oração, o Jejum, e a Esmola?
Maria mãe do homem novo ensina-me a constância de coração.
Matérias relacionadas: Quaresma: Em busca do Tesouro da Fé
Bom retiro pra você.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discípulado.
* Fonte de pesquisa: Celebrar a Vida Cristã, Frei Alberto Beckhauser, OFM. Ed. Vozes 1991.
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A purificação espiritual por meio do jejum e da misericórdia

quinta-feira, fevereiro 14th, 2013
Em todo tempo, amados filhos, a terra está repleta da misericórdia do Senhor (SI 32,5). À própria natureza é para todo fiel uma lição que o ensina a louvar a Deus, pois o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe proclamam a bondade e a onipotência de seu Criador; e a admirável beleza dos elementos postos a nosso serviço requer da criatura racional uma justa ação de graças.
O retorno, porém, desses dias, que os mistérios da salvação humana marcaram de modo mais especial e que precedem imediatamente a festa da Páscoa, exige que nos preparemos com maior cuidado por meio de uma purificação espiritual.
Na verdade, é próprio da solenidade pascal que a Igreja inteira se alegre com o perdão dos pecados. Não é apenas nos que renascem pelo santo batismo que ele se realiza, mas também naqueles que desde há muito são contados entre os filhos adotivos.
É, sem dúvida, o banho da regeneração que nos torna criaturas novas; mas todos têm necessidade de se renovar a cada dia para evitarmos a ferrugem inerente à nossa condição mortal, e não há ninguém que não deva se esforçar para progredir no caminho da perfeição; por isso, todos sem exceção, devemos empenhar-nos para que, no dia da redenção, pessoa alguma seja ainda encontrada nos vícios do passado.
Por conseguinte, amados filhos, aquilo que cada cristão deve praticar em todo tempo, deve praticá-lo agora com maior zelo e piedade, para cumprir a prescrição, que remonta aos apóstolos, de jejuar quarenta dias, não somente reduzindo os alimentos, mas, sobretudo abstendo-se do pecado.
A estes santos e razoáveis jejuns, nada virá juntar-se com maior proveito do que as esmolas. Sob o nome de obras de misericórdia, incluem-se muitas e louváveis ações de bondade; graças a elas, todos os fiéis podem manifestar igualmente os seus sentimentos, por mais diversos que sejam os recursos de cada um.
Se verdadeiramente amamos a Deus e ao próximo, nenhum obstáculo impedirá nossa boa vontade. Quando os anjos cantaram: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,14), proclamavam bem-aventurado, não só pela virtude da benevolência mas também pelo dom da paz, todo aquele que, por amor, se compadece do sofrimento alheio.
São inúmeras as obras de misericórdia, o que permite aos verdadeiros cristãos tomar parte na distribuição de esmolas, sejam eles ricos, possuidores de grandes bens, ou pobres, sem muitos recursos. Apesar de nem todos poderem ser iguais na possibilidade de dar, todos podem sê-lo na boa vontade que manifestam.
Dos Sermões de São Leão Magno, papa
(Sermo 6 de Quadragesima, 1-2: PL 54,285-287)(Séc. V)
Esse tempo de santo jejum a porta do céu nos abriu; acolhamos o dom do Senhor em contínua oração, suplicando: que, no dia da Ressurreição, estejamos com ele na glória. Mostremo-nos servos de Deus
no pensar, no falar, no agir. Que, no dia da Ressurreição, estejamos com ele na glória (Cf. 2Cor 6,4).
Oração: Senhor, assim como o meu corpo precisa de um mínimo de exercícios físicos para estar bem, saudável, muito mais o meu interior, a minha alma, precisa de exercícios espirituais para estar em equilíbrio Contigo, comigo mesmo e com os meus irmãos e a natureza. Daí-me a graça da perseverança e da força de vontade para fazer aquilo que eu preciso e ajudar a todos com os meus gestos de conversão pessoal. Para a maior glória do Vosso Santíssimo Nome. Amém
Como vive a Oração, o Jejum, e a Esmola?
Maria mãe do homem novo ensina-me a constância de coração.
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Bom retiro pra você!
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
Diretor Espiritual e Formador no Pré-discípulado.
Fonte;http://blog.cancaonova.com/padreluizinho/tag/conversao/

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